segunda-feira, 17 de junho de 2013

E o "Panem et Circenses" virou "Panem et circum ignem"
(pão e circo pegando fogo!)

 

 

domingo, 2 de junho de 2013

 
WHAT'S YOUR NAME, MEU FILHO?

Encontrei um escrivão cartorário da capital e, em entre um assunto e outro, ele me disse que as pessoas põem nome nos filhos como se esses fossem objeto. É tudo na base da modinha!

E o nome da moda, segundo ele, é Valentina e a sua combinação Maria Valentina! Serão tantas Valentinas num futuro próximo que os autores não poderão mais lançar mão desse nome-trunfo para a próxima ricaça da novela das oito.

Aliás, falando em moda, estive observando que os brasileiros põem nomes nos filhos ao mesmo estilo com que substituem os móveis da casa.

A famosíssima Feira Anual de Milão é a maior referência mundial em design de móveis. É lá que surgem tendências como a recorrente e até chata expressão "minimalista". Lá também foi a fonte do "branco com tabaco" que coloriu lares mais abastados há uns dez anos, e mais tarde, salas e quartos das classes C e D.

É que determinada moda - e não sou eu quem diz isso - só dura enquanto os pobres não a copiam, em versões baratas. O "branco com tabaco" só foi chique enquanto as Casas Bahia e suas congêneres não lançaram linhas alternativas "quase em papelão" e em infinitas prestações.

E é aí nesse ponto que faço um parêntese, para associar esse comportamento com o ato de nominar filhos! Antigamente, nomes de pessoas eram Maria, Pedro, Sebastiana, Procópio, Gumercindo, João, Gertrudes, Ermengarda, etc. E isso era nome tanto de pobre quanto de rico.

Todavia, as classes mais altas começaram a perceber que seus pimpolhos tinham os mesmos nomes dos filhos do pedreiro, da empregada. Então, passaram a por nomes exóticos na meninada, de forma a diferenciá-los do restante da patuléia.

Aliás, isso é um traço cultural ainda do Brasil Colônia pós-escravagista. Com a publicação da Lei Áurea, os negros, recém egressos do maldito claustro, não possuíam sequer um documento civil ou até mesmo um sobrenome. Então, à medida em que iam obtendo uma certidão de nascimento, convencionou-se que o sobrenome do ex-escravo seria o da família a quem este pertenceu. Não demorou muito, surgiam milhares de ex-escravos, reduzidos a condição subumana da mendicância, apresentando o mesmo Cavalcante ou o mesmo Melo dos seus antigos senhores.

Então, a casa grande, correndo para distanciar-se da senzala novamente, tratou de diferenciar-se. Surgiram, então, os sobrenomes com letras dobradas: aquele “Mello” ostentado por um ex-presidente cuja família alagoana é ligada a seculares engenhos de cana-de-açúcar é um exemplo perfeito disso!

Contudo, não tardou e o restante do país foi atrás e passou a dar aos filhos versões toscas de nomes estrangeiros (Maycossuel, Dyonnathan, Dhayanna, Wélkesson), principalmente a partir da influência de nomes de princesas e astros consagrados do cinema e da música americana.

Era a fase em que quase todo nome de menino brasileiro ou começava com 'w' ou terminava com 'on', ou os dois juntos (Wilson, Washington, Wellington e demais variações).

Vendo isso, os pais - a maioria deles, vítimas desse tipo de "bullying" nominativo (Fagianni é um exemplo. Rsrsrs!) - passaram a por nomes simples nos rebentos (Angelo! E sem acento circunflexo, como no italiano, pra ficar... chique! Ops!).

O problema é que nesse retorno às origens latina ou hebráica, os nomes foram mesmicizados e ficaram restritos a um pequeno universo de cerca de dez nomes para meninos e de dez para meninas, preservados os nomes evangélicos que nunca cederam a modismos. Pensei até em citá-los, mas percebi que quase todo mundo tem um filho ou neto incluído nessa lista dos "dez mais"!

Na ânsia de diferenciá-los novamente, surgem nomes como Valentina, uma denominação forte e chique no último! Mas até quando?

Vamos observar...

Nota de rodapé: o corretor ortográfico do Word quase pira com as versões abrasileiradas dos nomes estrangeiros!

Fagianni Miranda


quinta-feira, 12 de abril de 2012

ACORDA BRASIL

Por RICARDO PACHECO

Ao fazer meu primeiro rascunho sobre meus sentimentos e pensamentos sobre a atual situação do nosso país, fiz em forma de desabafo. Parei, pensei, e vi que tinha que mudar um pouco, ainda que por enquanto, a ótica para expressar minhas sensações.
O Brasil é um país notadamente abençoado. Temos terras férteis, água em abundância, povo trabalhador, clima livre de tufões, furacões e outros ões que atrapalham e muito o desenvolvimento de qualquer país.
Produzimos e exportamos alimentos. Temos minério de ferro, cobre e ouro. Nossas empresas são contratadas para projetos de engenharia de alta complexidade em vários países. Produzimos medicamentos, temos profissionais competentes em vários setores. O Brasil é líder ou é tido como líder dentre os países da América do sul. Temos indústrias e profissionais de ponta.
Então por que ainda somos considerados um país de terceiro Mundo? Por que nossas cidades são sujas e mal cuidadas? Por que temos um serviço de péssima qualidade nas áreas de saúde, educação e segurança? Seria por culpa dos políticos?
Várias respostas passam por minha cabeça. Mas acho que uma delas fica mais latente, e confesso, me deixa constrangido, pois faço parte dessa resposta. Nós, Povo brasileiro, apesar de brilhantes, capazes, pacíficos e trabalhadores, insistimos em ser um povo de terceiro mundo, apagados, conformados e nos colocando como vítimas das situações que enfrentamos.
Por várias vezes assistindo aos telejornais, me deparei com freqüência, diga-se de passagem, com a seguinte frase de vários entrevistados que passavam por vários tipos de problemas, tais como: assalto, filho sem escola, greve, falta de água, buracos nas ruas quebrando carro, falta de atendimento médico adequado: ”FAZER O QUÊ, NÉ” .
Fazer o quê? Aí é que está o nosso grande problema. A maioria da população acredita que não pode fazer nada para ter seus problemas resolvidos. E seguindo assim, continuam se colocando como vítimas da própria inércia.
Ser pacífico, não significa ter que ser guiado sem atuação própria. Reclamar só por reclamar, não resolverá o problema do Brasil e nem de nós brasileiros. Já passou da hora dos brasileiros aprenderem que não é cada um por si, a sociedade é uma só.
Não é por acaso que o artigo 1º, § único, da Constituição da República diz: Todo poder emana do povo.
Sendo assim, temos que ser mais atuantes no que diz respeito ao rumo que nosso país está tomando.
A fiscalização tem que ser feita. A vida política deve ser abraçada pelo CIDADÃO, pois nós como sociedade, somos os atingidos pelas decisões tomadas por nossos representantes.
Uma pergunta simples: Você deixaria o seu salário na mão de um desconhecido para fazer todos os seus pagamentos e investimentos sem nunca pedir prestação de contas? Acho que não.
Quando veremos marchas pela melhoria da merenda escolar, pela melhoria da segurança, pela melhoria das escolas ou saúde. Será que essas marchas são tão menos importantes do que as marchas para a legalização da maconha ou penalização da homofobia. Ou será quê o que é realmente importante para toda a sociedade, não significa mais nada.
O Supremo Tribunal Federal declara abertamente o que já está escrito desde 1988 na Constituição da República: É livre a manifestação. Então porque não nos manifestamos para o que é necessário.
Caro cidadão atue mais, pergunte mais, não se deixe abater. Nós atingiremos em 2014 o número expressivo de 140 milhões de computadores. Use essa ferramenta para falar com seu congressista, vereador, prefeito, governador. Se 10% desse número passar uma mensagem para um congressista questionando sobre tal ou qual lei, acredito que teremos leis melhores e investimentos melhores.
Vamos acordar Brasil.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

CREDIBILIDADE!

Mera coincidência!
Anteontem, dia 1º de abril, este blog bateu o seu próprio recorde de acessos.
Quase lota um micro-ônibus...

sábado, 31 de março de 2012

Estilo! Tê-lo ou não tê-lo...


O Banco do Brasil vai inaugurar em breve a sua primeira Agência Estilo "ecologicamente incorreta" em Imperatriz-MA. Para tanto, cortaram uma mangueira centenária na calçada e uma barrigudeira bicentenária. Local: Avenida Bernardo Sayão, esquina com Alagoas.

Quem se habilita a ser correntista dessa Agência??? 

Ilustração em homenagem a Adolfo Pires Fonseca Neto, que se levantou contra esse absurdo!

segunda-feira, 19 de março de 2012

ALEA JACTA EST!

 


ALEA JACTA EST!

Por Fagianni Miranda

Os postos de gasolina trabalham com um valor monetário abstrato chamado décimo de centavo! Ou seja, no intervalo de apenas um único centavo, é possível obter-se dez variações; em um real, são mil possibilidades.

É por isso que o preço da gasolina é mostrado com três dígitos depois da vírgula, para que cada gota que caia no tanque seja devidamente contabilizada! Tomemos um valor como exemplo: R$2,499 .

O valor acima não foi mencionado ao acaso. Esse é o preço cobrado por um litro de gasolina comum em quase todos os postos de São Luís, há quase uma semana. Amanheceram assim e ninguém se espanta com uma coisa dessas, cuja probabilidade de se tratar de mera casualidade nos remete a um número tão assustador quanto os escrúpulos de determinados empresários.

Pois bem! Sempre tive afeição por números, desde a infância. Lembro-me de que passava horas a fio a calcular coisas aparentemente as mais absurdas. Certa feita, no início da minha adolescência, lembro-me de ter perdido uma madrugada a estudar o número pi (π) e a sua relação com a geometria dos círculos e esferas. Simplesmente eu não admitia que me viessem com uma fórmula pronta para se resolver uma equação.

Eu sabia que 4/3π.r³ era a fórmula do volume de uma esfera, mas nem mesmo a professora tinha ideia do que havia levado Arquimedes a chegar àquela conclusão. E me indignava a falta de curiosidade dela e da maioria da turma. Descobrir a resposta a essa pergunta não acrescentava um ponto sequer à nota da prova. Logo, quase ninguém iria atrás disso. Puro pragmatismo! Mas eu ia atrás e descobria!

Por ser “diferente”, tive uma vida meio conturbada -  colegial inclusive - cheia de ápices magistrais e abismos colossais, que só o tempo e a maturidade, ainda que de forma meio tacanha, encarregaram-se de lapidar.

Com base nisso e seguindo o meu instinto observador, pude perceber que os varejistas de combustíveis voltaram a combinar preços. Passados alguns meses de concorrência, percebe-se que eles estão, como dito, nivelados a R$2,499. Parece até um número cabalístico, tamanha é a mágica com que se repete nos letreiros dos postos locais.

A probabilidade de uma centena de varejistas, sem prévio acordo, amanhecerem com o mesmo preço praticado por um litro de gasolina comum (até nos décimos de centavos) é algo tão improvável quanto ganhar na megassena por trinta e seis semanas consecutivas, e jogando-se apenas um bilhete por vez. Fiz o cálculo!

Numa economia saudável, é comum o preço da gasolina oscilar uns 50 centavos por litro numa mesma capital, cujas variantes se justificam pelos mais diversos fatores, tais como localização, custos com folha de pagamento, diferenças de preço entre distribuidoras, fixação de margem de lucro, financiamentos, etc.

Se lembrarmos que o preço pode ser definido considerando-se uma casa além dos centavos, logo, num espectro de variação de R$0,50, pode haver nada menos que 500 possibilidades de preços.

Vamos, pois, a eles, os cálculos!

Se dois postos vizinhos, numa bela manhã, abrirem as portas com preços idênticos, a probibilidade disso ter sido obra do acaso é de 1 chance em 250.000 possibilidades. Basta elevar 500 à segunda potência (500²=250.000). Claro que sempre há a possibilidade do concorrente igualar o preço do vizinho para não ficar atrás nas vendas. Mas ambos acordarem (nesse caso, no sentido de despertar) com preços idênticos é o que chama a atenção. E se o número de postos for bem maior?

Se pegarmos dez postos de numa mesma avenida, a coisa fica feia! A chance disso ser uma fortuita coincidência é de 1 chance em 976.562.500.000.000.000.000.000.000. Você sabe que número é esse? Vamos lá: é uma chance em 976 septilhões, 562 sextilhões e 500 quinquilhões. É um número quase um milhão de vezes maior que o de estrelas existentes naquilo que chamamos de universo observável, cujo raio é de 15 bilhões de anos-luz.

Ocorre que esse número monstruoso se torna um anão, se levarmos em conta que em quase todos os postos de gasolina diria que uma centena deles   estão praticando o mesmo preço.

Nesse caso, a hipótese de que isso seja mera coincidência é de uma chance em 8.000.000.000.000.000.000.000.000.
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000 (acredite, um 8 seguido de 269 zeros!).

No dilema vivido por Beremiz Samir, protagonista de “O homem que calculava”, quando apresentado ao clássico problema das pérolas, este o resolveu em dois passos. O problema aqui –  creio eu – não sejam as pérolas, mas os ungulados com quem perdemos o nosso precioso tempo a servi-los com nossas jóias. Cristo, segundo Mateus 7:6, há dois milênios já nos advertia disso:

“Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.”

Numa leitura livre, a mensagem por trás desse amaro versículo, onde Cristo demonstra todo o seu cansaço ao lidar com os defeitos da natureza humana, é a de que não devemos perder tempo lançando palavras ao vento, pregando no deserto, talvez. Todavia, julgo-me um incorrigível!

Os números são irretorquíveis e, contra eles, argumentos menores não se sustentam.

Alea jacta est!

quarta-feira, 14 de março de 2012

PRECE NO CAIS


[clique na foto, para ampliá-la]
 Fotógrafo: Fagianni Miranda
Locação: Rio Corda, em Barra do Corda

Menino,
Por que tanto me intriga o teu semblante?
Em que portas ousas bater quando te pões a sonhar?
Onde te atreves a passear com o teu pensar?
Que vai e vem e nada pede a ninguém.
E eu aqui na minha insignificância
Parado a te observar, como que a falar com Deus!
Devaneios? Um desafio ao destino?
Rasgar convenções, regras!
Uma prece aos céus!
Quem sabes um dia descubras
O gigante que escondes em ti!
Luta, moleque, que lutar é bom!